quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dica- Como comprar uma moto usada

Motos Usadas   
Motos Usadas
  1. De uma boa olhada no chassis. Peça para alguém de sua confiança ir com você (um mecânico é até melhor, se você não entende do riscado). Afaste-se uns 5 metros para a frente da moto. com ela na posição vertical e guidon virado para frente, observe se a linha vertical central da roda dianteira coincide com a linha vertical central da roda traseira. É difícil avaliar isso, por isso, uma distância de 10 metros é um pouco melhor do que os 5 metros. Faça isso olhando pela frente e por trás da moto. Mas olhe fixamente por vários segundos. è importante que haja uma pessoa de porte médio à pesado sentada na moto durante esta verificação.
  2. Outra verificação, é colocar a moto no descanso central. Verifique a rodagem da roda traseira. Ela deve ser livre e sem oscilações (caixa de marcha em ponto morto, é claro), em ritimo constantemente regressivo (vai parando aos poucos com regularidade) e sem deformações de empenamento axial ou radial). O mesmo deve ser feito com a roda dianteira.
  3. Também observe a folga da corrente de transmissão. Se a regulagem dela está perto do meio ou mais para frente e a corrente tem uma folga de mais de 3 cm (30mm) a folga deve ser regulada para que a verdade do desgaste dessa relação venha à tona. Tem gente que tenta enganar o possível comprador colocando o eixo da roda trazeira mais à frente e alega que ainda tem muito “espaço” para folgar como se a relação ainda tivesse muita vida útil pela frente.
  4. Observe o desgaste dos pneus. Se o desgaste não for maior na parte exatamente central à banda de rodagem (se for mais de um lado do que de outro), isto é indício de quadro ou suspensão empenada. Se a moto é antiga e está com pneus novinhos, desconfie, pois pode ser que o dono trocou os pneus justamente para ocultar esse desgaste irregular e dizer que está lhe entregando uma moto com pneus novos como vantagem. O desgaste deve ser uniforme e central tanto na roda dianteira quanto traseira.
  5. Sente na moto. Gire o guidon de um batente ao outro e tente sentir se ela gira livremente e suavemente (sem “calos”, ressaltos ou rangidos). Também force um pouco a direção para frente e para trás para verificar folga excessiva na caixa de direção. Faça o mesmo para cima e para baixo e para os lados sem girar o guidon.
  6. Olhe as laterais de punho, manetes, retrovisores, escapamentos, pedaleiras, tampas do motor, amortecedores, etc. Procure por sinais de arranhões. Isso geralmente indica tombo.
  7. Peça para retirar o banco da moto e verifique o estado do chicote. Se tiver muitas emendas ou “buracos” fique atento.
  8. Procure, no quadro da moto por sinais de soldas recentes que não são as de fábrica. Se a moto é relativamente antiga e a pintura do quadro está ainda novinha, desconfie.
  9. Se a moto tem pintura personalizada, desconfie. Se o estado da pintura (muito novinha) for incompativel com a idade da moto (mais antiga), desconfie.
  10. Peça para ligar a moto. Preste atenção em barulhos no motor tanto em marcha lenta quanto em giros médios. Em geral, os maiores defeitos de motores aparecem nestes regimes de rotação. Aproveite e veja se o motor não está fumando (queimando óleo, soltando uma fumaça branco azulada com forte odor pelo escapamento). Fumaça negra pode ser mistura rica apenas (coisa fácil de acertar).
  11. Verifique o funcionamento de faróis, sinaleiras (setas), luzes de freio e buzina.
  12. Veja o estado de conservação do banco e o aspecto geral da moto. Isso pode revelar tanto a idade real da moto (km) quanto o cuidado que o dono dispensa à mesma.
  13. Verifique o estado da enraiação (rodas raiadas) ou aro (roda de liga). Se tiverem mossas, socos, empenamentos, ferrugem ou estiverem com a pintura muito recente, desconfie.
Mas em fim, o mais importante mesmo é verificar se o quadro da moto está integro, alinhado, sem empenos. Se isso estiver bom, qualquer outra peça é substituível e você volta a ter uma moto segura e confiável. Se o quadro não está alinhado e integro, você pode trocar qualquer peça que você nunca terá uma moto boa. Isso vai virar pesadêlo, dor de cabeça e outras coisas mais.

Honda CBR600F 2011 – A Hornet carenada

A Honda apresentou (lá fora) o que é uma tendência apresentada pela Suzuki: A versão carenada de uma Naked já existente, a CBR600F.

Tal qual a Suzuki fez com a Bandit 650, lançando a GSX650F, a Honda agora transformou a sua consagrada naked tetracilíndrica em uma simpática sport-touring.
Quadro, motor e a maioria das peças são da Hornet, e de novo há apenas o painel, carenagem e farois.
Honda CBR600F 2011
Honda CBR600F 2011

O objetivo, além de obter uma parte do mercado da GSX650F, é oferecer uma Moto carenada com custo mais baixo do que uma autêntica esportiva, e com desempenho suficiente para animar aos pilotos de fim de semana. Com 100cv de potência, dá para estimar que uma moto destas pode atingir até 250 km/h.
Honda CBR600F 2011 Preta
Honda CBR600F 2011 Preta

Honda CBR600F 2011 Branca
Honda CBR600F 2011 Branca
No Brasil? Sem previsão. Eu arrisco dizer que, se o mundo não acabar em 2012, em 2013 teremos ela por aqui.
             

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Capacetes femininos

Se você anda de Moto, precisa ter um bom Capacete. Independente do valor da sua moto, um bom capacete para mulher vai muito além do selo do Inmetro e da cor ROSA. Saiba tudo sobre capacetes a seguir.

Primeiro, um pouco sobre as normas: O selo do Inmetro garante apenas que o capacete está em conformidade com a norma NBR 7471, que é a que regula a resistência mínima dos capacetes para uso em motocicleta, porém, essa norma é muito abrangente e praticamente qualquer capacete, por pior que seja, é aprovado. Além disso, a norma não trata da qualidade do revestimento interno e acabamento geral, e isso é muito importante. Já norma DOT me parece ser muito melhor, pois ela propõe muito mais itens de qualidade e segurança ao capacete. Sempre que você ver um capacete com o selo DOT, pode comprar sem medo.
Infelizmente, o valor do capacete é um grande indicador da qualidade dele. Geralmente, quanto mais caro, melhor ele é. Mas isso não é uma regra, pois existem alguns modelos de custo médio e que apresentam boa qualidade e acabamento. Só não espere qualidade em um capacete de R$ 100,00. Isso não existe.
Para um capacete ser considerado bom, o seu casco deve ser feito em plástico injetado (ABS), fibra de vidro, fibra de carbono ou fibras compostas (fibras de vidro e de carbono). Capacetes em plástico simples, com soldas, não têm boa proteção e se quebram facilmente.
A viseira deve ter pelo menos 2mm de espessura, feita em acrílico ou policarbonato. Existem viseiras de até 4mm de espessura, e quanto mais espessa, mais resistente ela é, e mais cara também. Alguns capacetes tem trava de viseira, que permite manter a viseira fechada (e travada), impedindo que ela se abra “acidentalmente”. Isso só acontece acima de 200 km/h, então se você pretende andar BEM rápido, compre um capacete com essa trava.
Trava de Viseira
Trava de Viseira
O acabamento interno é muito importante. Ele deve ser confortável, de tecido anti-alérgico. Não pode apertar muito a sua cabeça, mas também não pode ficar folgado. Tem que ser justo suficiente para você virar a cabeça rapidamente e o capacete virar junto com ela. Alguns capacetes oferecem um acabamento em couro por baixo, tanto nas espumas que ficam nas laterais, quanto em baixo do queixo. Isso melhora o conforto térmico e deixa ele mais silencioso.
Shark S800 por baixo
Shark S800 por baixo
O capacete também não pode ser muito pesado, pois se for, cansa rapidamente o pescoço. O peso máximo que eu considero em um capacete é 1600 gramas, sendo que já existem modelos de 1300 gramas. Mas é bom prestar atenção, pois é fácil para um Ebf pesar 1300 gramas, afinal, ele não tem NADA além de um casco ruim e um isopor fino como acabamento interno. Um bom capacete, que atenda a todos os critérios de segurança necessariamente carrega muitos itens e para ele pesar 1300 gramas é um verdadeiro milagre da tecnologia. Por isso geralmente custam caro. Essa regra do peso vale apenas para capacetes fechados ou escamoteáveis!

Capacetes abertos

Capacete Aberto - Não, obrigada!
Capacete Aberto - Não, obrigada!

Eu NÃO recomendo o uso de capacetes abertos, e o motivo é simples: Não protegem o rosto. Se você gosta do seu rosto, use um capacete fechado. Manter-se viva é ótimo, mas se puder manter o rosto intacto, melhor ainda!

Alguns modelos de capacete

Percebeu que até agora não falei da cor? Pois é, a cor é o último critério a ser usado na escolha do capacete. E por favor, não compre um capacete completamente rosa, sem desenho algum. Compre um capacete com mais personalidade!
Abaixo seguem alguns modelos que eu conheço e recomendo.
SHARK S800 Fever, Butterfly, Fantasy ou Zephyr
Shark S800 Zephyr e Fantasy
Shark S800 Zephyr e Fantasy
Eu tenho um S800, que usei até ficar muito velho. É o melhor capacete que tive até hoje. Ele é meio caro (R$ 1.000,00), mas vale à pena. Além de ser um capacete muito seguro, ele é silencioso e bonito. O casco é em ABS e a viseira é de 2.2mm. O acabamento é de primeira, com couro na parte interior das espumas internas e do queixo. A cinta jugular é de engate rápido e pode ser usada com luvas, que deixa o uso ainda mais prático. O modelo S800-S é igual, só que possui uma sobreviseira fumê, que é útil para reduzir a luminosidade em dias de muito sol, ao passo que pode ser simplesmente levantada quando o dia ficar mais escuro, ou para pilotar a noite.
Shark S800-S Fever Wop, KSA e Kop
Shark S800-S Fever Wop, KSA e Kop

Shark S800-S Butterfly Azul e Rosa
Shark S800-S Butterfly Azul e Rosa

Só evite comprar capacetes com a pintura fosca, pois ela descasca e fica horrível. O meu é o GRRRR, não é um modelo feminino e tem a tal pintura fosca.
Dica: Na MotoBR tem o S800 Fever, nas 3 cores, por R$ 839,00! Clique e compre, pois está barato!Suomy Vandal Dream
Suomy Vandal Dream
Suomy Vandal Dream
Esse certamente será o meu próximo capacete. Ele tem acabamento excelente, viseira de 2mm com trava (minha moto só chega a 90 km/h, mas a próxima…), casco em fibra de vidro, bem leve. E o grafismo eu adoro. Mesmo tendo um pouco de rosa, acho lindo! Custa R$ 1.700,00.
LS2 FF350 Stardust
LS2 FF350 Stardust
LS2 FF350 Stardust

É uma boa opção para quem quer gastar um pouco menos. Por R$ 400,00, esse capacete é bonito, tem casco em ABS e viseira de 2mm.Shark S650 Ikebana
Shark S650 Ikebana BBB e KRY
Shark S650 Ikebana BBB e KRY

Eu tenho um destes hoje. Ele é mais barato que o S800 (R$ 700,00), mas não é tão bom. Apesar de usar a mesma viseira de 2.2mm e o casco ser bem parecido (em ABS), o acabamento interno é inferior, fazendo o barulho do vento ficar mais alto. As entradas de ar reguláveis, em plástico, também são inferiores, e exigem cuidado no manuseio. Por último, a cinta jugular é a tradicional de duas argolas, e só pode ser usada sem as luvas. Eu tenho o modelo Frame, com grafismos em branco e preto, e comprei para fazer parzinho com o do Daniel, que é igual. É um bom capacete, vale o que custa.Bieffe SI Blast
Bieffe SI Blast Rosa
Bieffe SI Blast Rosa

Para quem não quer gastar muito, por pouco menos de R$ 300,00 é possível comprar esse capacete que tem casco em ABS e viseira de 2mm. O acabamento é mais simples, mas suficiente para rodar com segurança pelas ruas. O diferencial aqui é o preço mesmo.

Nova Honda CB600F Hornet 2011 – Não tão nova assim

A Honda apresentou (lá fora) a versão 2011 da naked mais vendida (no Brasil, claro), a CB600F HORNET.

Com poucas novidades mecânicas, e um pequeno upgrade visual, a CB600F Hornet apresentada é uma resposta aos que se perguntavam se a Hornet mudaria em um futuro próximo. Pelo jeito, muda pouco. E como no Brasil os lançamentos levam pelo menos 1 ano para chegar, já dá para saber que essa nova versão só vem em 2012 (se vier).
Honda CB600F Hornet 2011
Honda CB600F Hornet 2011

Hornet 2011 Preta
Hornet 2011 Preta

Hornet 2011 Branca
Hornet 2011 Branca

Salão de Milão fecha temporada de novidades sobre duas rodas

 

Quem vê a fila na bilheteria da Feira de Milão (Itália) para se conseguir uma entrada para o EICMA (Esposizione Internazionale Del Ciclo e Motociclo, conhecido por aqui como Salão Internacional de Motos de Milão), dificilmente acredita que o mercado italiano de motocicletas está em crise -- até setembro deste ano, o número de emplacamentos caiu 20% em comparação a 2009.

Com o mote  “emoção em exposição”, os fabricantes de motocicletas resolveram apelar para a paixão dos italianos pelos veículos de duas rodas para dar ânimo ao segmento. Novidades não faltaram nos mais de 50 mil metros quadrados divididos entre mais de 1.000 marcas expostas nos seis pavilhões de exposição. Somente a Honda, que retornou à lista de expositores depois da ausência em 2009, lançou oito novos modelos e duas motos-conceitos. Ducati, Aprilia, Piaggio, BMW, MV Agusta, Husqvarna e KTM apresentaram também lançamentos para o público italiano e mundial.
Nova Honda Hornet
Com seu retorno anunciado como vitória pela organização do salão, a Honda fez jus ao papel de protagonista e não economizou nos lançamentos. Ao todo, foram oito novos modelos, entre scooters e motocicletas. Destaque para a versão 2011 da Honda Hornet de 600 cm³. O motor continua o mesmo, mas o visual é totalmente novo, lembrando muito as linhas de sua irmã maior a CB 1000R. Nova do conjunto óptico à rabeta, a nova Hornet é mais bonita que a atual e tem tudo para continuar sendo um sucesso de vendas na Europa e também no Brasil.

Além disso, a fábrica japonesa ressuscitou a CBR 600F, sua sport touring lançada em 1987. Aposentada com a chegada da versão esportiva, CBR600RR, a 600F volta agora para ser um produto mais acessível e mais confortável.

Na mesma linha, foram lançadas as CBR 125R e 250R, esta última uma clara concorrente da Kawasaki Ninja 250 cm³. A CBR 250R tem porte de moto maior, apesar de seu motor de um cilindro com refrigeração líquida e duplo comando de válvulas. Conta com quadro de dupla trave superior, freios ABS e amortecedor monochoque na traseira para deixar os fãs brasileiros da antiga CBX 250 Twister com água na boca.

Para completar, a Honda inovou e mostrou a Crossrunner. Com suspensões de longo curso, é um misto de naked e big-trail devido à posição de pilotagem. Equipada com um propulsor V4 de 800 cm³, é  anunciada como um novo conceito e foi uma das motos mais admiradas em Milão.
Ducati diabólica
Outra grande estrela em Milão foi a muscle bike Ducati Diavel. Aposta da fábrica de Borgo Panigale em um novo segmento, a Diavel tem desenho inusitado. Seu tanque, garfo dianteiro e guidão conferem grande porte ao modelo, mas a traseira acaba abruptamente. Equipada com motor de dois cilindros em “L” de 1199 cm³, a Diavel é uma espécie de V-Max da marca italiana. Difícil saber se fará sucesso, já que a Ducati nunca havia feito algo semelhante, mas tendo em vista o sucesso alcançado pela big-trail Multistrada 1200, a Diavel tem tudo para ser uma boa surpresa.

Ainda na apresentação à imprensa, em um teatro na cidade de Milão, a marca mostrou a nova Monster 696, com desenho atualizado, a Monster 1100 EVO e a 848 EVO -- versões com especificações superiores.
Tiger de 800 cm³
A Triumph completou sua linha 2011 com mais três modelos -- já havia lançado quatro no Salão de Colônia (Alemanha) no início de outubro. A novidade de fato foi a big-trail Tiger 800 em duas versões: a standard e a XC, mais aventureira.

Equipada com motor de três cilindros em linha e 95 cavalos, suas imagens já haviam sido divulgadas. Ao vivo, o modelo impressiona com suas suspensões de longo curso, quadro em tubos de aço e uma vasta gama de acessórios na versão XC. Destaque ainda para o tanque de 19 litros, o maior da categoria de aventureiras de média cilindrada. Quem finalmente apareceu foi a Daytona 675R, versão mais racing da esportiva inglesa.
Grupo Piaggio
Um dos maiores nomes italianos do setor de duas rodas, o grupo Piaggio trouxe uma enxurrada de lançamentos a Milão. Pena que apenas os scooters da marca Vespa e Piaggio cheguem ao Brasil. Pois a Aprilia, em festa pela conquista do Campeonato Mundial de Superbike com Max Biaggi, mostrou uma gama renovada: desde a pequena esportiva RS4 50 cm³, passando pela supermotard Dorsoduro 1200 até a nova naked Tuono V4, que ostenta 162 cavalos de potência máxima.

Outra marca do grupo é a lendária Moto Guzzi. Seguindo a onda atual de big-trails, a Guzzi mostrou outra versão da Stelvio 1200. Bastante imponente, a Stelvio NTX traz a nova versão do tradicional motor de dois cilindros em V, posicionado transversalmente, uma marca registrada da Guzzi, além de um grande pacote de acessórios para viagem.

A Vespa investiu em um modelo retro, o PX com capacidade cúbica de 125 e 150 cm³. Já na Piaggio, destaque para o novo MP3 urbano, scooter de três rodas ficou mais estreito e ágil para rodar na cidade.
Scooter BMW ainda é conceito
Apesar dos rumores, não foi desta vez que a BMW entrou no segmento dos scooters. Mesmo assim, a marca bávara alimentou os boatos com um veículo conceito: Concept C. Com motor bicilindrico, híbrido, o scooter-conceito tem ares futuristas, câmbio CVT e freios ABS. Parece mais um estudo de mercado do que simplesmente um conceito. Afinal, que local mais apropriado para conhecer a reação do público sobre um scooter do que uma feira na Itália?

Outro modelo interessante foi a nova G 650 GS. O modelo montado em Manaus (AM) desde o final de 2009 não era vendido na Europa -- essa G 650 GS é outra moto, que traz um motor bastante semelhante, porém um design diferenciado (mais bonito e moderno) do que a G 650 GS brasileira.

A fábrica alemã ainda apresentou a nova R 1200 R, uma naked que não chega mais ao Brasil. A R 1200 R agora traz a última versão do motor boxer e foi repaginada. A campeã de vendas R 1200 GS também estará disponível na versão “Triple Black”, com diversos detalhes em preto.
Mais de meio milhão de pessoas
Praticamente impossível listar todas as novidades em equipamentos e motos apresentadas em Milão. Na quinta-feira (4), dia de abertura ao público, jornais e revistas têm edições especiais com muitas páginas dedicadas ao Salão. O público comparece em massa e curte as apresentações de Freestyle, Motocross e os testes oferecidos pelas marcas. A feira vai até domingo (7) e a previsão é de que o número de visitantes supere os 500 mil de 2009.

Desafio Subidão do Pico acontece em novembro em Mairiporã-SP

supidao.jpg     Você já viu de perto uma competição de subida de morro? Pois este é a sua chance. O Desafio Subidão do Pico é uma prova de extrema dificuldade onde os pilotos terão que encarar o Morro do Urubu, que já fez parte do enduro das montanhas. A prova acontecerá dia 21/11 em Mairiporã (SP) e os visitantes poderão acompanhar de perto, como nas provas que acontecem na Europa.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Olhe por onde anda: Veja a influência dos olhos na pilotagem

Conheça qual a melhor forma de usar a visão para pilotar com maior precisão e segurança                     Olhe-por-onde-anda.jpg   
O motociclista passeia tranqüilamente pela estrada até que numa suave curva ele enxerga um buraco, olha com atenção para não passar por cima e "cabram". Acerta o buraco em cheio e quase leva um tombo! Se nosso amigo tivesse olhando para o ponto certo (o caminho por onde queria passar e não o buraco) dificilmente o incidente teria acontecido. Saber olhar para o lugar certo e até conhecer o funcionamento dos olhos é essencial para uma pilotagem segura.

Segundo o oftalmologista e professor da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp Paulo Mello, o olho humano oferece dois tipos de visão: a visão focal, projetada pela pupila, e a visão periférica, captada pela íris. Na visão focal as imagens de um determinado ponto são detalhadas, permitindo ler uma placa, por exemplo. Uma das características da visão focal é a tendência de perseguir  objetos em movimento. Já a visão periférica não oferece nitidez, no entanto é extremamente sensível ao movimento e variações de brilho. Outra diferença entre as duas visões é a velocidade: apesar de ambas serem interpretadas pelo cérebro, a visão periférica é mais ágil e imediata que a focal.                                                                                        
Essas características do olho podem ser percebidas facilmente quando estamos sendo ultrapassados. Não é preciso desviar o olhar da estrada para saber se é um carro, moto ou caminhão, pois a íris já detecta o movimento e a forma. Entretanto, é impossível perceber detalhes como o modelo ou placa sem desviar o olhar. O ideal é aproveitar esta "pré-visão" e manter uma velocidade constante para facilitar a ultrapassagem, pois, no caso de um imprevisto adiante, a atenção não será desviada.
 
olhe-por-3.jpg              
O simples fato de aproveitar a visão periférica, muitas vezes mal explorada, já nos poupa de desviar a atenção da pista. Dessa forma se aproveita melhor a visão focal - que deve estar sempre direcionada para onde estamos indo e não diretamente para os obstáculos. "O ser humano está habituado a caminhar para onde os olhos apontam", comenta o oftalmologista Paulo Mello. "Por isso, se houver um obstáculo na pista, olhe por onde você vai passar e não para o obstáculo", avisa.

No escuro
Durante a noite, a atenção com o olhar deve ser redobrada. Como a visão focal tende a "perseguir" objetos, é comum os olhos acompanharem faróis no sentido oposto. Desviar o olhar do caminho para acompanhar os faróis, além de provocar ofuscação, tende a resultar em desvio da trajetória. Quando a noite cai, o melhor a fazer é procurar referências na pista, sejam faixas ou olhos de gato.

Podemos complicar um pouco mais. Durante a ultrapassagem numa curva, para onde olhar? Gilson Scudeler, cinco vezes campeão brasileiro de motovelocidade na categoria 1.000 cc, aconselha a olhar rapidamente para ver o que há adiante - se não existem obstáculos na pista - e então focar a visão na rota de ultrapassagem. "Com a atenção focada na moto da frente os olhos copiam o traçado em vez de procurar um melhor". Para Scudeler, a visão deve ser trabalhada de diferentes formas, de acordo com o objetivo, mas sempre fixada ao ponto que se quer atingir (e não a ser evitado). Antes de frear, por exemplo, ele se fixa a um ponto de referência; já para ultrapassar ou contornar uma curva, no traçado a ser feito, e não no piloto à frente ou no guard rail.                              
             olhe-por-1.jpg    Se nas pistas a preocupação é com os adversários, na cidade é com a aproximação dos carros. Nos corredores entre duas filas de carros a distância do guidão da moto para os retrovisores dos outros veículos não deve impedir o motociclista de olhar à frente e perceber um pedestre ou buraco. Olhar adiante ajuda a prevenir freadas ou mudanças bruscas de direção dos carros à frente. Já a aproximação de um carro perto do motociclista é percebida pela visão periférica. O mesmo vale para quem se habituou a seguir a moto da frente nos corredores: se houver uma freada brusca... melhor que piloto esteja olhando à frente!      olhe-por-2.jpg   Exames periódicos também são fundamentais. "Em minha clínica é comum atender pacientes que se envolvem constantemente em acidentes de trânsito sem saber que o motivo é um pequeno problema de visão", diz o oftalmologista Paulo Mello. O mais comum nesses casos é o glaucoma, que diminui gradualmente a visão periférica e impede que o condutor perceba a aproximação de um pedestre ou de veículos. "Um simples exame pode diagnosticar e evitar complicações futuras", completa. Outro hábito que aos poucos causa problemas é o uso de óculos escuros que não impedem a entrada de fuligem nos olhos. O ideal é manter a viseira do capacete fechada ou usar óculos de proteção que vedem a entrada de fumaça e fuligem pelas laterais.